"Origens da Wicca"

A Religão Wiccaniana é formada de várias tradições como a Gardneriana, Alexandrina, Diânica, Faery Wicca, Wicca, Saxônica, Celtica e outros, cada qual com suas peculiaridades e maneiras, atendendo assim as necessidades da grande variedade de temperamentos que existem entre as pessoas.

Várias dessas tradições foram formadas e introduzidas nos anos 60, e, embora seus rituais, costumes, ciclos místicos e simbolismos possam ser diferentes uns dos outros, todas se apoiam nos princípios comuns da Lei da Arte.

O dogma (leia-se aqui modo de pensar comum)principal da Arte Wicca é o Conselho Wiccaniano,um código moral simples e benevolente mas de grande aceitação e beleza:

" FAZE O QUE TU QUERES, DESDE QUE NÃO PREJUDIQUES NINGUÉM"


Bem vindos, ao mundo da Magia!!!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ORIGENS...

O período neolítico não conhecia deuses, da forma que hoje se conhecem, e vigorava o matriarcado.O conceito de “paterno” inexistia e a moral, a ciência e a religião ocupavam uma só esfera. Segundo historiadores, a passagem para o patriarcado deu-se em várias esferas.
Na velha Europa, a sociedade que cultuava a Deusa foi vítima do ataque de poderosos guerreiros orientais, os Kurgans. O Cálice foi assim derrubado pelo poder da Espada e o elemento feminino foi relegado para o “fim da fila”.
Outro fator decisivo para tal transformação foi o crescimento da população, que levou as sociedades arcaicas à “domesticação da terra”. Os homens tinham que dominar a natureza para obrigá-la a produzir o que queriam, passaram de caçadores a recolectores e depois a agricultores.
Com a descoberta de que o sémen do homem é que fecunda a mulher (acreditava-se que esta gerasse filhos sozinha), estabeleceu-se o culto ao falo, sendo este difundido pela Europa, Egipto, Grécia e Ásia, atingindo o seu ápice na Índia.
Com o fim da era de Peixes, tipicamente masculina, o reinado feminino retorna em Aquário para resgatar Sofia, o arquétipo da Sabedoria.
Assim como o Taoísmo primitivo, todas as religiões ancestrais viam o Universo como uma generosa Mãe. Nada mais natural: não é do ventre delas que saímos? De acordo com o mito universal pagão da Criação, tudo teria saído dessa Grande-Mãe: Entre os egípcios, era chamada de Nut, a Noite. “Eu sou o que é, o que será e o que foi.” Para os gregos era Gaia – Mãe de tudo inclusive de Urano, o Céu.  Entretanto ela não era apenas fonte de vida como também senhora da morte.
O culto à Grande-Mãe era a religião mais difundida nas sociedades primitivas. Descobertas arqueológicas realizadas em sítios neolíticos testificam a existência de uma sociedade agrícola pré-histórica bastante avançada, na região da Europa e Oriente Médio, onde homens e mulheres viviam em harmonia e o culto à Deusa, a religião.
Não há evidências de armas ou estruturas defensivas, de onde se conclui que esta era uma sociedade pacífica. Também não há representações artísticas de guerreiros matando-se uns aos outros, mas sim pinturas representando a natureza e uma grande quantidade de esculturas representando o corpo feminino. Essas esculturas também foram encontradas em Creta, datadas de 2.000 a.C. Vale dizer que na sociedade cretense as mulheres exerciam as mais diversas profissões, sendo desde sacerdotisas até chefes de navio.
Platão conta que nesta sociedade (a última matrifocal de que se tem notícia) toda a vida era permeada por uma ardente fé na natureza, fonte de toda a criação e harmonia. Com o advento do monoteísmo, e a consequente dominação da mulher pelo homem, o culto ao falo estabeleceu-se em definitivo. No entanto, o culto à Deusa não desapareceu, apenas passou à clandestinidade.
Atualmente existem diversas formas livres de assumir esse culto, e é de uma em específico que vos vamos falar hoje: A Wicca!
Os seguidores da Religião Wicca são chamados de Wiccanos, Wiccans ou Bruxos (a palavra Bruxo(a) aplica-se apenas aos representantes da Arte).
Wicca (que também é conhecida como “Arte dos Sábios” ou, muitas vezes, somente como “A Arte”) é considerada por muitos uma religião panteísta, politeísta e faz parte de um ressurgimento actual do paganismo, ou movimento neopagão, como muitos preferem chamar.
Os wiccanos não aceitam o conceito arbitrário do pecado original ou do mal absoluto, e não acreditam em céu ou inferno. Eles crêem que quando morremos, vamos para a Terra de Verão (ou Terra da Juventude Eterna), onde recobramos nossas forças e nos tornamos jovens novamente.
A Wicca é uma religião de natureza xamanística, positiva, com duas deidades maiores, reverenciadas e adoradas em seus ritos: A Deusa e seu consorte, o Deus Cornífero. Seus nomes variam de uma tradição wiccana para outra, e algumas utilizam-se de outros panteões para representar várias faces e estados de ambos os Deuses.
Princípio Feminino ou Grande Mãe: A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação. É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade. É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado.
A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna.
Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na Imaginação popular.
A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal.
Princípio Masculino ou Deus Cornífero: Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculina, nasceu da Deusa, sendo seu complemento e trazendo em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria. Da mesma forma que o sol nasce e se põe, todos os dias, o Deus nos mostra os mistérios de Morte e do Renascimento.
Na Wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem, eles fazem amor, a Deusa fica grávida, o Deus morre no Inverno e renasce novamente fechando o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da Natureza, e mostra os ciclos da nossa própria vida. Para alguns, pode parecer meio incestuoso que o Deus seja filho e amante da Deusa, mas é preciso perceber verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da Deusa todas as coisas vieram, e, para ele, tudo retornará.
Se pensarmos bem, as mulheres sempre foram mães de todos os homens, pelo seu poder de promover o renascimento espiritual do ser amado e de toda a Humanidade.
A Wicca inclui frequentemente a prática de várias formas de Alta Magia (geralmente com propósitos de cura psíquica ou física, neutralização de negatividade e crescimento espiritual) e ritos para a harmonização pessoal com o ritmo natural das forças da vida marcadas pelas fases da lua e pelas quatro estações do ano.
A feitiçaria ocidental, uma tradição baseada sobretudo nas crenças das comunidades anglo-saxónicas e escandinavas, que datam da Idade da Pedra, ergue-se sobre três conceitos básicos:
(1) O culto de uma Deusa-Mãe, um princípio feminino, em vez dos deus-homem do cristianismo
(2) A crença na reencarnação e o desejo de renascer no mesmo tempo e lugar dos seus entes queridos
(3) O conhecimento e o uso da magia, a manipulação da lei natural, de modo a trazer benefícios para o homem, utilizando melhor os recursos naturais, explorando os segredos do universo e descobrindo atalhos e remédios para melhorar a vida.
A religião wiccana é formada de várias tradições como a Gardneriana, Alexandrina, Diânica, Tânica, Celta, Georgiana, Tradicionalista ética e outras. Várias dessas tradições foram formadas e introduzidas nos anos 60, e embora seus rituais, costumes, ciclos místicos e simbolismos possam ser diferentes uns dos outros, todas se apoiam nos princípios comuns da lei da Arte.
O dogma principal da Wicca é o Conselho Wiccano, um código moral simples e benevolente: “SEM PREJUDICAR NINGUÉM, REALIZE SUA VONTADE”. Ou em outras palavras, você é livre para fazer o que quiser, contanto que não prejudique ninguém, nem mesmo a você.
(O Conselho Wiccano é extremamente importante e não deve ser esquecido na realização de qualquer encantamento ou ritual mágico, especialmente naqueles que podem ser considerados como não-éticos ou de natureza manipuladora).
Na Wicca, leva-se em conta a Lei Tripla (ou Lei de Três) que é uma lei kármica de retribuição tripla que se aplica sempre que você faz alguma coisa, seja ela boa ou má. Não que você seja “castigado” por um ato mau, porém, quando envia uma energia, o curso natural dela é voltar a si. Assim, caso envie algo de negativo, essa força fará seu caminho, sempre se fortificando, e retornará até você.
Muitos Wiccanos usam um ou mais nomes secretos (também conhecidos como nomes mágicos, ou nomes de iniciação) para significar o renascimento espiritual e uma nova vida dentro da Arte.

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